Lendas e mitos indígenas
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História do Pirarucu
Há muitas e muitas luas, havia um índio da tribo dos Uaiás chamado Pirarucu. Embora ele fosse belo e corajoso, tinha um coração muito mau. Era vaidoso, orgulhoso e bastante egoísta.
O pai de Pirarucu era o chefe da aldeia. Seu nome era Pindarô e ele era um índio bom, generoso e amigo.
O filho de Pindarô fazia maldade atrás de maldade, matava índios de tribos amigas, falava mal dos deuses, insultava e maltratava todo o mundo.
Tupã, o deus dos deuses, observou esse índio mau durante muito tempo. Quando percebeu que Pirarucu não ia mudar seu jeito, resolveu puni-lo: fez cair uma terrível tempestade sobre Pirarucu, quando o índio pescava com seus companheiros no rio Tocantins. A tempestade levantou ondas terríveis no rio e jogou raios e relâmpagos pelo ar. * Mas, toda aquela fúria celeste não meteu medo em Pirarucu, que só fez sorrir e comentar como Tupã era ridículo.
A ira do deus, é claro, não teve limites! Tupã enviou à terra Xandoré, um demônio que odeia os homens, com a missão de atirar raios poderosos em Pirarucu.
A coisa ficou feia. Enquanto Pirarucu tentava escapar, correndo pela floresta, um raio terrível acertou seu coracão. Mas o índio era tão orgulhoso e mau que se recusou a pedir perdão pelos seus atos.
Assim, seu corpo, ainda vivo, foi levado por Xandoré para o fundo do rio Tocantins. Lá, ele foi transformado em um peixe, enorme, áspero e escuro.
E foi assim que surgiu o peixe