Lenda da Mandioca “Há muito tempo a jovem – filha de um chefe indígena residente na Região do Baixo Amazonas apareceu grávida, sem ser casada”. O velho tuxaua ficou muito aborrecido e procurou saber que era o pai, a fim de vingar a honra da filha. Colocou-a em confissão, porém, nem com pedidos nem ameaças, a moça admitia ter tido alguém. Mas o velho tuxaua não lhe acreditava e, como não conseguia saber a identidade de quem levara a desonra à sua família, decidiu matar a filha. Na noite anterior ao dia em que a moça deveria ser executada, o tuxaua teve um sonho, no qual aparecia um homem branco que dizia a ele que sua filha era inocente! O velho tuxaua mandou suspender a execução, pedindo desculpas à filha. Decorrido nove meses, eis que nasce uma linda menina que, para surpresa de todos, era branca, branca, branca! O fato estranhíssimo, até porque os índios são morenos, espalhou-se e índios das tribos vizinhas vinham conhecer aquele verdadeiro fenômeno. A menina recebeu o nome de MANI e cresceu sendo admirada por todos, não só pela sua cor, mas também porque andou e falou antes do tempo normal. Mas, antes de completar um ano de idade, Mani, sem estar doente e sem ter sido acidentada, morreu, para a consternação de todos. E morreu sem demonstrar nenhum sofrimento ou ter sido qualquer dor. Foi uma morte misteriosa! Sepultada dentro da própria casa, o lugar era regado todos os dias conforme o costume de seu povo e nasceu uma planta desconhecida. A planta desenvolveu e cresceu e, quando frutificou alguns passarinhos que comeram seus frutos ficaram embriagados. Este fato só fez os índios aumentarem ainda mais a sua admiração por Mani e pela planta que nascera de sua sepultura. Um belo dia a terra fendeu-se e viram então aquela grossa raiz,toda branca, que logo identificaram com o corpo de Mani. Resolveram