Lele
A reação foi imediata. Em 15 de maio a Liga Árabe, coalizão formada por Egito, Iraque, Jordânia, Líbano, Síria, Arábia Saudita e Iêmen, declarou guerra a Israel e começou a enviar tropas à Palestina. A guerra se estendeu até julho de 1949, entre tréguas e retomada de hostilidades.
Os israelenses venceram e tomaram para si grandes porções do território originalmente reservado pela ONU ao Estado árabe a ser criado na região. Como se não bastasse, a área restante foi anexada pelos vizinhos: a Cisjordânia pelo reino da Jordânia, e a Faixa de Gaza pelo Egito. Sem terras, cerca de 700 mil refugiados palestinos se espalharam pelo Oriente Médio.
Nos últimos 60 anos, Israel tratou do caso como uma heróica guerra de independência travada contra um conjunto de poderosos inimigos árabes. O recém-nascido Estado judeu não teria responsabilidade na expulsão dos palestinos - a diáspora teria se dado por orientação dos dirigentes árabes.
Essa versão, porém, vem sendo questionada. Não por árabes, mas por uma nova geração de historiadores israelenses, que estudaram novos documentos, muitos extra-oficiais, oriundos de arquivos públicos e privados. Correndo o risco de ir contra a opinião pública de seu país, eles provam que o