lelé
Embora tenha nascido, crescido e se formado no Rio de Janeiro, João da Gama Filgueiras Lima,o Lelé, passou a maior parte de sua vida adulta em Brasília, cidade em que se tornou um grande mestre de obras. Tudo começou em 1957, quando se mudou para a nova Capital Federal sob influência de Niemeyer. Recém-formado, recebeu a missão de desenvolver e acompanhar a construção de alojamentos dos operários.
Logo, comandou o projeto da Superquadra 108 Sul. Mesmo com o prazo curto, Lele se dedicou ao máximo para conseguir entregar todas as obras dentro do prazo estipulado. Esse era o seu cartão de visita: trabalho e dedicação. Ele não perdia tempo. Suas principais características permitiram que ele construísse, sobretudo, um forte laço de amizade com o arquiteto Oscar Niemeyer.
Com o crescimento acelerado da capital, Lelé percebeu que precisava aperfeiçoar o transporte das peças e o trabalho nos canteiros de obras. Deste modo, desenvolveu estudos com um material mais leve: a argamassa armada. As pesquisas, no entanto, levaram-no ao Leste Europeu. La era o lugar onde ele almejava conhecer as tecnologias de construções pré-fabricadas aplicadas na União Soviética, na Tchecoslováquia e na Polônia, em meados da década de 1960.
Voltando à Capital Federal, em 1962, recebeu o desafio de construir o Centro de Planejamento da Universidade de Brasília (UnB). Entre os anos 1960 e 1970, Lelé fez seus primeiros projetos autorais: a residência da embaixada da África do Sul e as sedes das Concessionárias Disbrave (Volkswagen), Planalto Automóveis (Ford) e Codipe (Mercedes-Benz), todas em Brasília.
Lelé atuou como diretor do Centro de Tecnologia da Rede Sarah (CTRS), onde fez os projetos e a execução dos novos hospitais da rede. Realizou, também, projetos de mobiliário hospitalar, como uma nova cama-maca, com movimentos motorizados, bastante utilizados pelos hospitais da rede. Seu nome teve prestigio internacional, em