Leitura na internet
A leitura surgiu da necessidade de comunicação e compreensão dos povos que tentavam desvendar os segredos das figuras, das escritas hieroglíficas, entre outras expressões populares. Na antiguidade, a aprendizagem da leitura era uma necessidade destinada apenas aos homens com fins de leitura própria dos documentos destinados a classe dominante. Assim, os responsáveis pela leitura e escrita eram os escribas reais que pertenciam à casta de técnicos (escravos ou clérigos) que dependiam do poder para exercer suas funções (BARTHES, COMPAGON, 1987, p.184). As leituras aconteciam de forma controlada para evitar que as pessoas obtivessem um grande conhecimento através dos livros e se tornassem autônomos, livres e atuantes numa sociedade na qual somente os homens poderosos davam ordem, controlavam a vida de toda a sociedade.
Desde cedo, os “letrados” notavam que o ato de ler transmitia uma visão ampla do mundo aos leitores, domínio de argumentação, poder, influenciando diretamente e indiretamente na sua ação e atitude, independente do período da história vivenciado por homens, que ansiavam a liberdade, portanto havia certo medo dos que a dominassem Confirmando o que diz Roland Barthes & Antoine Compagon (1987), “a leitura foi durante muito tempo operador brutal de discriminação social”.
Nesse contexto, a leitura é vista desde os primórdios até os dias atuais associada às lutas sociais, períodos históricos, à manutenção do poder das classes dominantes, reforçando discriminações e ampliando as inúmeras desigualdades já existentes. O direcionamento dado à leitura na escolha dos textos lidos pelas classes populares era sob orientação do clero, que controlava o tipo de leitura do povo. Esse fato pode ter trazido consequências negativa na educação atual, resultando no desencadeamento de “aliteratura, falta do hábito de leitura em leitores capazes que preferem não ler" (HARRIS E HODGES, 1981, apud CRAMER & CASTLE, 2001, .14), uma vez que não