Leitura na escola
Augusto Bouças Nascimento
O texto Leitura na escola :livro, biblioteca, biblioteca de classe de Lilian Lopes Martin da Silva contextualiza brevemente a forma como o ensino da leitura foi tratado ao longo do tempo e sua evolução até a atualidade e propõe aos leitores uma reflexão a cerca do grande desafio de formar leitores na escola. A autora defende a criação de uma aula de Biblioteca de classe onde o principal objetivo seja o de incentivar e desenvolver o gosto pela leitura dos alunos. Ela argumenta no sentido de que o incentivo à pratica da leitura deve ir além do caráter puramente informativo e deve considerar os diversos aspectos culturais dos leitores e também a finalidade da leitura. No passado, entre o final do século XIX e a primeira parte do século XX, o ensino de leitura nas escolas atendia a duas finalidades: formar (ensinamentos de moral e cívica) e informar (através de leituras que contemplavam às necessidades das disciplinas escolares ). Desta forma percebe-se que o ensino estava centrado no professor e os livros eram tipicamente “livros textos, sendo que a prática usual mais utilizada era a leitura em voz alta sempre acompanhada de rigidez, censuras e punições a tudo o que fosse considerado transgressor. Na década de 20 do século passado Monteiro Lobato inicia uma revolução no que se refere ao ensino da leitura no âmbito escolar: ele lança o livro Narizinho Arrebitado como 2º livro de leitura em escolas primarias sugerindo que a leitura pode e deve ser acompanhada do prazer de ler.
O movimento “escola nova” baseado na mesma percepção de Monteiro Lobato sugere uma educação mais centrada em uma maior participação do aluno onde o livro deixa de ser o centro exclusivo do ensino para assumir um papel de instrumento, de consulta, pesquisa e também de recreação. Nas décadas seguintes, (décadas de 50/60) expandiu-se consideravelmente a rede escolar e também o mercado editorial