Leitura Kleiman
1989. (PG 151 À 155) ENSINANDO A LEITURA
Repensar o ensino de leitura.
O que é ensinar a ler?
Muitas vezes, o professor não trabalha com material adequado e apóia a sua prática em livros didáticos apenas.
Compreensão: dependente da experiência do leitor, que determina uma leitura para cada leitor num mesmo momento ou uma leitura diferente para o mesmo leitor em momentos diferentes.
Ensinar a ler com compreensão não implica uma leitura única (a do professor ou do autor do livro didático);
Ensinar a ler é criar uma expectativa prévia em relação ao texto que facilite a compreensão; é ensinar a “autoavaliação” durante o processo de leitura para que não se perca durante o ato; é ensinar a busca de diferentes fontes de conhecimento (lingüística ou de conteúdo) que ajudem a sanar as falhas no processo de leitura;
Ensinar a ler é, principalmente, ensinar que o texto é significativo e que as seqüências que estão contidas nele só tem valor quando ligadas ao significado global (é preciso auxiliar da procura da coerência).
É preciso chamar a atenção para os traços lingüísticos, mas também criar condições em sala de aula para uma interação global com o autor por meio do texto.
Fazer da leitura uma avaliação (leitura em voz alta) é uma forma de inibir o desenvolvimento da capacidade de compreensão do leitor.
A leitura em voz alta só é válida se queremos descobrir se o aluno conhece regras ortográficas da língua (relação entre grafia e som) ou se reconhece os sinais de pontuação.
Na leitura em voz alta, o aluno preocupa-se apenas com a decodificação do texto, já que está sendo avaliado, e não se justifica se estivermos interessados na capacidade de compreensão de um texto. É uma leitura mais lenta e barra o desenvolvimento da velocidade dos olhos.
Já a