Leitura da mulher
NO MARANHÂO NO OITOCENTOS
Objetiva-se nesse trabalho, a análise e a compreensão de práticas educativas e de leitura feminina, estas, implícitas na educação feminina maranhense no século XIX, buscando esclarecer as particularidades de fatos silenciados pela história da educação local; estudo este que por encontrar-se em andamento e, fazer parte da pesquisa “Ordenação e disciplina: Instituições escolares e pobreza (meninos e meninas) no Maranhão oitocentista” tratar-se-á de forma delicada, mas nem por isso menos importante, ao tentar entender as práticas do sujeito mulher, que por meio dos documentos e da literatura especializada, nos auxiliem a contextualizar e dar existência, ao materialmente inexistente. Delineia-se e tenta-se entender a composição dessa instrução como um elemento de distinção social, onde pobres e livres eram aceitos nas aulas de primeiras letras, tendo o direito de aprender a ler, a escrever e a contar, além de estudarem os princípios cristãos e um ofício. Diferencia-se este modelo instrucional do aplicado às filhas das classes abastadas; as quais frequentavam o ensino secundário e, consequentemente as faculdades, mediadas por classes e professores particulares. Sustenta-se esta pesquisa em documentos como: relatórios dos presidentes de província, regulamentos das instituições e leis referentes à instrução pública, comparando-se o escrito com lido. Enfatizam-se os relatórios que objetivavam o registro das atividades administrativas sucedidas ao longo do mandato eletivo, tentando retirar do escrito oficial, registros que façam alusões a essa instrução. Empregam-se também recortes de jornais publicados na capital que auxiliarão na elucidação de fatos que ficaram implícitos nesses documentos, referenciando a instrução pública e também a educação das mulheres na sociedade, por meio dos quais apoiaremos nosso fazer investigativo ao confrontarmos o vivido com o escrito nos documentos oficiais. Utiliza-se