leiteratura
1ª pág. (3º, 4º, 5º parág.)
No processo de limiar o estilo da metrópole, era natural que a camada dominante procurasse copiar os hábitos da camada nobre portuguesa. E, assim, a sociedade latifundiária e escravocrata acabou por ser também uma sociedade aristocrática. E por isso contribuiu significativamente a obra educativa da Companhia de Jesus.
A primeira condição consistia na predominância de uma minoria de donos de terra e senhores de engenho sobre uma massa de agregados e escravos.
A escola era frequentada somente pelos filhos homens que não os primogênitos. Estes recebiam apenas, além de uma rudimentar educação escolar, a preparação para assumir a direção do clã, da família e dos negócios, no futuro. Era, portanto, a um limitado grupo de pessoas pertencentes à classe dominante que estava destinada a educação escolarizada.
*Os parágrafos relatam como a família patriarcal foi responsável pelas mudanças na cultura medieval que além de dominar a política e a economia, também foi detentora dos bens culturais, onde a educação era voltada para um limitado grupo da classe dominante.
2ª pág. (2º, 3º, 4º parág.)
O ensino que os padres jesuítas ministravam era completamente alheio à realidade da vida da Colônia. Desinteressado, destinado a dar cultura geral básica, sem a preocupação de qualificar para o trabalho, uniforme e neutro, não podia, por isso mesmo, contribuir para modificações estruturais na vida social e econômica do Brasil, na época.
A instrução em si não representava grande coisa na construção da sociedade nascente. As atividades de produção não exigiam preparo, quer do ponto de vista de sua administração, quer do ponto de vista da mão de obra. O ensino foi assim conservado à margem, sem utilidade prática visível