leishmaniose visceral
A Leishmaniose Visceral (LV) sendo uma doença transmitida por vetor, os fatores ambientais também influenciam na doença. Estudos já realizados mostram que fatores ambientais aumentam o risco da infecção por L chagasi. Lugares úmidos, ausência de um sistema de coleta de lixo e de saneamento, a presença de animais domésticos, potenciais reservatórios para o vetor, são fatores que favorecem a proliferação dos flebotomíneos (CALDAS et al., 2002) podendo aumentar o risco de infecção por L chagasi. Foi constatado, em Natal-RN, que galinheiros e tocas de animais selvagens, como tatus e roedores, podem servir como criadouros de L. longipalpis, aumentando o risco de infecção por L. chagasi (XIMENES et al., 1999). A presença de galinhas, Gallus gallus, aumenta a densidade do flebotomíneo aumentando o risco de LV (ALEXANDER et al., 2002). Telle, Hamilton e Ard citam que os humanos são atrativos para L. longipalpis, sendo um fator que influência no risco para LV. Tal fator deve ser considerado na epidemiologia individualmente (TELLES et al., 1999).
A partir do estudo de casos e coleta dados obtidos de uma pesquisa no município de Natal no estado do Rio Grande do Norte, entre os anos de 2008 e 2013 sobre a Leishmaniose Visceral (LV), observou-se um decréscimo no total de casos por ano a partir do primeiro semestre de 2008 até 2010 e em seguida um aumento da incidência de casos em 2011, após esse período apresentou outro decréscimo no ano de 2013.
O gráfico acima exibe a taxa de incidência da LV no período de 2008 a 2013, no primeiro semestre destes.
Analisando os percentuais mensais, foram observados que os meses que apresentaram um índice de maior incidência foram em fevereiro de 2008, 2010 e 2011, e em janeiro dos anos de 2009, 2012 e 2013, sendo que o percentual de maio do ano de 2013 foi equitativo a janeiro do mesmo semestre.