Lei de responsabilidade fiscal
AULA 07
Saudações, caro aluno! Este é o último encontro de nosso curso. Como programado, trataremos, desta feita, da lei que procurou mudar a cultura dos administradores públicos no Brasil quanto às finanças públicas: a Lei de Responsabilidade Fiscal. Ela envolveu um processo inclusive pedagógico sobre a forma de lidar com o dinheiro público, e, acompanhada pela Lei de Crimes Fiscais (Lei 10.028/2000), buscou instituir um modelo responsável (como diz seu nome) de gestão. Vamos seguir os tópicos da Lei indicados pelo edital para fazer nosso estudo. Então, vamos lá. Boa aula!
GRACIANO ROCHA
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL (LEI COMPLEMENTAR 101/2000) Introdução Antes de comentarmos os dispositivos da lei, vamos tratar de algumas informações preliminares. A LRF foi editada num ambiente de reformas reclamadas por vários setores da sociedade brasileira, após o final dos governos militares. Entretanto, desde a redemocratização, o Brasil, como federação, enfrentava problemas econômicos graves, dos quais a chamada “inflação galopante” podia ser indicada como o principal.
1 Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br
AFO PARA AUDITOR DO TCU – AUDITORIA GOVERNAMENTAL PROF. GRACIANO ROCHA
Num ambiente de alta inflação, o planejamento de receitas a arrecadar e de despesas a efetuar durante o exercício financeiro é praticamente inútil. Isso porque o índice de preços se altera substancialmente de um período para outro, e as previsões feitas vários meses antes não são fonte confiável para a gestão. Assim, a administração financeira era afetada por diversos vícios e desvios provenientes do ambiente inflacionário. Por isso, apenas depois da estabilização da moeda e do controle da inflação, a partir de 1995, principalmente, criou-se o ambiente propício para um novo (e sério) regramento das finanças públicas. As ideias/necessidades principais que levaram à edição da LRF foram: • controle das contas