Legados da Escravidão
No plano social nota-se uma grande desigualdade entre as classes existentes. Em função dos legados da escravidão, infelizmente, uma grande parte da população brasileira é excluída socialmente. Percebemos que tal fato é parte da realidade do país quando vemos que de acordo com o INAF, Indicador do Analfabetismo Funcional, na população com renda familiar acima de cinco salários mínimos por mês, 52% são considerados plenamente alfabetizados. Já nas famílias que recebem até um salário mínimo, apenas 8% chegam ao nível pleno de alfabetização. Isso favorece o aumento da desigualdade, mas também nos mostra que não há políticas públicas suficientes e eficientes em favor dos excluídos e mais pobres.
Assim, no âmbito politico é plausível constatar a ausência de Estado a fim de recuperar a desigualdade criada por um passado histórico. As cotas raciais são um exemplo de uma tentativa de inclusão do negro na sociedade brasileira, contudo, não existe, por exemplo, uma política agrária eficiente no país e a partir disso nota-se os problemas fundiários, como a concentração de terras e a ocorrência do trabalho escravo nas propriedades.
O trabalho escravo pode ocorrer em razão do modelo econômico atual. Com o capitalismo presente o homem vende seu único meio de produção, a força de trabalho e com a falta de oportunidades para pessoas de baixa renda e da vulnerabilidade social dos trabalhadores em função da pobreza e baixa escolaridade, o homem torna-se instrumento de lucro. As relações de trabalho no Brasil contemporâneo não romperam definitivamente com o modelo