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Um gato nasce sabendo ser um “gato”, mas essa regra não se aplica ao ser humano, que se não tiver o convívio social desde muito pequeno, pode não ser capaz de se relacionar socialmente ou de aprender futuramente.
Esse é o caso de Kaspar Hauser, que foi criado em cativeiro durante muito tempo sendo alimentado apenas com pão e água e sem contato nenhum com a humanidade. Como não sabia nada, foi lhe ensinado a andar e a escrever o próprio nome, em seguida, foi abandonado pelo um homem que lhe “criava” e cuja identidade nunca foi revelada em uma praça na cidade de Nuremberg.
Contudo, com o tempo, Kaspar Hauser começa a ser educado e a aprender algumas coisas que lhe são ensinadas pelas pessoas que passa a conviver no decorrer do filme. Despertou a curiosidade de vários por não ser “normal” e não ter tido convívio social, principalmente da igreja, que logo tentou educar-lhe.
Também despertou o interesse de um homem chamado Sr. Daumer, que lhe acolheu em sua casa e se prontificou a educar-lhe, tanto culturalmente, quanto socialmente.
Kaspar Hauser era uma pessoa inteligente e percebeu desde cedo que as pessoas o desprezavam por ser diferente, e devido ao fato de não ter tido o ambiente necessário para aprender, percebeu que tudo era difícil para ele. O ser humano necessita muito de um ambiente familiar e escolar para se desenvolver intelectualmente, individualmente, socialmente, etc.
Cada parte do processo civilizatório é importante principalmente nas fases de desenvolvimento do intelecto e do caráter pessoal, pois o processo de transformação pessoal não é um simples acontecimento, ele se desenvolve lentamente dia após dia na vida das pessoas.
É de suma importância para se analisar o filme que se compreenda os processos