Lavoura Arcaica foi o romance que marcou a estréia na literatura de Raduan Nassar um autor brasileiro considerado pela crítica como um grande escritor e é comparado a nomes consagrados da literatura brasileira. Sua obra traz uma narrativa em primeira pessoa com Características literárias do período contemporâneo onde ele utiliza a prosa poética para contar a história de André, filho do meio de uma família de fazendeiros cuja autoridade máxima está no pai, que é tido como o modelo que deve ser seguido por todos os filhos. A história inicia com André em um quarto de pensão fugido de casa, em uma tentativa de esquivar-se do autoritarismo do pai e principalmente da paixão proibida que sentia por sua irmã mais nova, Ana. Passado algum tempo após a partida de André, Pedro - o irmão mais velho - decidi ir ao seu encontro para fazê-lo retornar ao lar, onde sua mãe sofre pela sua saída e suas irmãs rezam pelo o seu retorno. Ao encontrá-lo, Pedro conta os acontecimentos que sucederam após a partida do irmão, em uma forma de comovê-lo. À partir deste ponto presenciamos uma série de diálogos muito fortes em que André demonstra sua revolta e a vontade de ficar distante da fazenda onde crescera. Após muita conversa, Pedro consegue convencer André a retornar para casa, e assim surgem duas grandes questões: Como André será recebido por seu pai e como ele irá lhe dar com a paixão que sente por Ana. Assim se desencadeia uma narrativa pesada, cheia de confusões, protestos e privações. A narrativa do personagem André tem a força de um titã, pisoteando a ordem estabelecida no lar, o empenho familiar no “trabalho para prover o pão”, a “palavra do pai”, tão impregnada de autoridade, da força da tradição e da “vontade de Deus”. A fala de André é um forte questionamento à autoridade do pai, numa tentativa de abrir caminho para a manifestação individual, de ter o direito de ser ouvido, de “ter um lugar à mesa da família”. Para ele, obedecer ao pai e manter a tradição inspirada no