Latim vulgar - seraphim silva neto
Através da leitura do texto “Que é Latim Vulgar?” de Serafim Silva Neto, percebemos que o autor apresenta diversas definições sobre o que vem a ser latim vulgar. Dentre elas, podemos destacar algumas, como por exemplo: “O latim vulgar com que os latinistas operam é uma fantasia.” Que foi uma frase que Sittl usou para protestar o fato de ninguém saber como definir o latim vulgar. O latim vulgar era visto como algo abstrato e imponderável, impossível de se fixar e precisar.
Para o americano Grandgent, o latim vulgar poderia ser definido como a essência das línguas românicas e, poderia ser considerado como a língua das classes médias da população, pelo fato dela diferenciar do falar da sociedade culta, da população rural e dos pobres. Grandgent dizia que havia vários tipos de latim: O latim culto, o latim dos bairros pobres, o latim rural e, o latim vulgar que era tido como o latim da classe média, uma linguagem que recebeu influencias de todos os outros “latins” e que, ao mesmo tempo, era a essência das atuais línguas românicas.
Algum tempo depois, complementando a definição de Grandgent, Kroll definiu o latim vulgar como a língua falada. Porém, esta definição não vingou pelo fato do conceito de língua falada ser muito extenso, muito vasto.
O latinista Einar Lofstedt atribui outro significado para o termo latim vulgar: “Por latim vulgar devemos entender aquelas espécies de estilo que estão mais próximas da linguagem do povo ou da linguagem corrente do que o elevado modo de exprimir criado pela tradição e pela técnica literária.”
Bibliografia:
Silva Neto, Serafim. História do Latim Vulgar. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico,