Os Maias De Eca De Queiros

216957 palavras 868 páginas
Os Maias, de Eça de Queirós
Fonte:
QUEIRÓS, Eça de. Os Maias. 1.ed. Porto : Livraria Internacional de Ernesto Chardron, 1888. 2v.
Texto proveniente de:
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OS MAIAS
Eça de Queirós

Livro Primeiro
I
A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa, no outono de 1875, era conhecida na visinhança da rua de
S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janellas Verdes, pela casa do Ramalhete ou simplesmente o
Ramalhete. Apesar d'este fresco nome de vivenda campestre, o Ramalhete, sombrio casarão de paredes severas, com um renque de estreitas varandas de ferro no primeiro andar, e por cima uma timida fila de janellinhas abrigadas à beira do telhado, tinha o aspecto tristonho de Residencia Ecclesiastica que competia a uma edificação do reinado da sr.ª D. Maria I: com uma sineta e com uma cruz no topo assimilhar-se-hia a um
Collegio de Jesuitas. O nome de Ramalhete provinha de certo d'um revestimento quadrado de azulejos fazendo painel no logar heraldico do Escudo d'Armas, que nunca chegara a ser collocado, e representando um grande ramo de girasoes atado por uma fita onde se distinguiam letras e numeros d'uma data.
Longos annos o Ramalhete permanecera deshabitado, com teias d'aranha pelas grades dos postigos terreos, e cobrindo-se de tons de ruina. Em 1858 Monsenhor Buccarini, Nuncio de S. Santidade, visitara-o com idéa d'installar lá a Nunciatura,

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