lateritas
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Carlos Roberto Espindola 1 e Luiz Antonio Daniel 2
Prof. Dr. do Curso de PósGraduação em Geografia. Inst. Geociências/UNICAMP e
Assistente Técnico Acadêmico do Centro Paula Souza – São Paulo, SP
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Prof. Dr. do Departamento de Mecânica da FATEC – SO carlosespindola@uol.com.br, daniel51@terra.com.br
Resumo
Materiais lateríticos são depósitos residuais da crosta terrestre originados de acúmulos relativos e absolutos de constituintes resistentes à intemperização. São muito expressivos em regiões tropicais e associamse a solos muito desenvolvidos, espessos e dessaturados, que durante muito tempo foram designados “lateríticos”. Sob a forma de depósitos contínuos (couraças), as superfícies geomorfológicas as exibe a diferentes profundidades, o que afeta as relações entre a pedogênese (evolução do solo) e a morfogênese (elaboração de formas de relevo).
Contudo, é a natureza do solo (sua organização interna) quem governa a geração do modelado, a partir de relação infiltração/deflúvio. Pesquisas recentes vêm contestando a antigüidade dos depósitos lateríticos associados às superfícies geomórficas e solos correlativos, o que suscita a retomada de novas investigações inserindo recursos da mineralogia de constituintes resistentes/residuais, datações e análises sedimentológicas.
1. Introdução
A denominação “laterita” tem sido empregada para designar depósitos residuais endurecidos oriundos do intemperismo de rochas e materiais superficiais em alteração, situados em posições variadas do relevo regional. O primeiro registro científico de sua ocorrência é atribuído a Buchanan [1], em 1807, na Índia, portanto há
200 anos de sua descoberta, tendo sido sempre objeto de intensas investigações, inicialmente por meio de análises
químicas,