Laranja Mecanica resenha critica

A Inglaterra se encontra em caos, a violência se espalha mais e mais a cada dia, e entre os jovens londrinos, a sensação era de estar acima de qualquer lei ou autoridade. Alex é um desses jovens, e com 15 anos já é um criminoso perverso, daqueles que não sentem um pingo de empatia. Com sua gangue composta por George, Tosko e Pete saem pela cidade armados com navalhas e canivetes prontos para atacar qualquer cidadão caminhando inocentemente pelas ruas. Havia enorme prazer em ver o sofrimento alheio, e Alex via o aparecimento do sangue como um momento sagrado que representava sua tirania. A busca por dinheiro também motivava a gangue em suas agressões, mas o verdadeiro ímpeto deles era a violência, seja ela apenas para seu próprio entretenimento. A linguagem utilizada na obra é bem peculiar. Uma mistura de gírias e palavras cantadas tornam a narrativa inicialmente confusa, muitas vezes, pelo desconforto do leitor, necessita a verificação no dicionário “Nadsat” na parte posterior do livro. Entretanto, com o passar dos capítulos, torna-se familiar o fato de não estar sempre compreendendo todas as palavras ditas e entende-se que essa era a proposta do autor, o qual inventou a estranha linguagem, causar estranheza ao leitor que não compreende e não compreenderá claramente a realidade em que vivem os jovens delinquentes londrinos. Os crimes cometidos pela gangue demonstram a excitação da adolescência pela adrenalina contida na sensação do perigo, junto com a imaturidade para tomar decisões adequadas. A primeira parte do livro relata uma série de crimes cometidos pelos jovens, aonde eles espancam, maltratam e roubam pessoas aleatórias que infelizmente cruzaram seu caminho. Em uma das cenas, os jovens invadem a casa de um casal, quebram os móveis, rasgam o livro intitulado “Laranja Mecânica” que o homem escrevia, espancam o escritor e ainda estupram coletivamente a mulher. Eles utilizavam do sarcasmo e da ironia para provocar a tensão da vítima, que sem entender