Lantana camara
A Lantana camara pertence à família das Verbanaceas, que compreende cerca de 91 gêneros e 1900 espécies de distribuição pantropical, principalmente em terras baixas. No Brasil, existem 16 gêneros e aproximadamente 140 espécies. Compostas por ervas, árvores, arbustos e subarbustos. As folhas são opostas ou subopostas, verticiladas, normalmente simples, porém, às vezes palmadas. As inflorescências se apresentam cinosas ou racemosas, congestas ou laxas. As flores são bastante polimorfas, hermafroditas; geralmente zigomorfas. O cálice apresenta 5 lobos persistentes; a corola apresenta 4 ou 5 lobos, às vezes bilabiada, formando um tubo distinto. Os estames são em número igual ao dos lóbulos. O fruto é drupa ou esquizocarpo com 1 a 4 sementes, raramente cápsula bivalvada. São polinizadas por insetos e por aves. A dispersão é feita geralmente por animais, e ás vezes pelo vento. Algumas espécies são usadas como ornamentais como a Lantana (chumbinho). As flores das Lantanas são umbeladas e de diversas cores (róseas, alvas, amareladas e vermelhas). Por possuir propriedades balsâmico-aromáticas, as Verbanaceas se aproximam das Labiatas e servem para preparar loções perfumosas, para fazer chás estimulantes e anti-febris. Para combater tosses e bronquites, as mais utilizadas são os diversos “cambarás”. Todas as Lantanas recebem o nome de “cambará”, a sua importância como chás peitorais e como banhos para coceiras em geral foi evidenciada no século XVI por citações de Gabriel Soares de Souza. Por ser nativa de todo o Brasil e apresentar flores de cores variadas, é amplamente cultivada como planta ornamental. É vigorosa e persistente, considerada como “planta daninha” em áreas de pastagens, além de tóxica para o gado vacum e carneiro. Sendo bastante utilizada na medicina caseira em diversas regiões do Brasil.
Descrição Macroscópica
Arbustos de 1-2m de altura, ramos longos e frágeis, hirsutos, ásperos, às vezes aculeados; bastantes espinhos