lajes e nervuras
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Texto Especial 214 – fevereiro 2004
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Sistemas estruturais para grandes vãos em pisos e a influência na concepção arquitetônica
Ricardo Henrique Dias
Ricardo Henrique Dias é engenheiro civil, Mestre em Engenharia de Estruturas pela Escola de Engenharia de São Carlos, EESC-USP, e professor no Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR
Dentre os desafios que a engenharia de estruturas enfrenta, um dos maiores relaciona-se à concepção de sistemas seguros e economicamente viáveis para estabilizar grandes vãos projetados pela arquitetura.
A maior aplicação dos grandes vãos acontece nas estruturas de pontes ou "obras-de-arte". Aparecem então estruturas caras e monumentais, aplicando o que há de mais atual em tecnologia dos materiais, modelos de análise e técnicas de execução.
Porém, grandes vãos são também exigidos para estruturas de coberturas, pela necessidade de abrigar um elevado número de pessoas em ambiente sem divisórias, em teatros, auditórios e ginásios, podendo aqui serem aplicados sistemas leves, como as membranas tensionadas têxteis, as treliças tridimensionais de alumínio ou aço, e as cascas curvas finas de concreto armado ou argamassa armada, entre outros.
A busca por grandes espaços em edificações está inserida em uma das mais importantes tendências que vêm orientando a evolução das técnicas de edificação dos últimos cem anos: a busca por maior flexibilidade (1). Havendo a necessidade de criar grandes vãos em pisos, possibilitando espaços com o mínimo de pilares ou outros elementos verticais, torna-se necessária a concepção de sistemas suficientemente rígidos à flexão, aplicando-se materiais como o aço e o concreto protendido, procurando a otimização das seções das peças