Laila Alam
Primeiramente, os pré-socráticos, também chamados naturalistas ou filósofos da physis tinham como escopo especulativo o problema cosmológico, ou cosmo-ontológico, e buscavam o princípio (ou arché) das coisas.
Posteriormente, com a questão do princípio fundamental único entrando em crise, surge a sofística, e o foco muda do cosmo para o homem e o problema moral.
Tales de Mileto
Segundo Tales, a origem de todas as coisas estava no elemento água: quando densa, transformaria-se em terra; quando aquecida, viraria vapor que, ao se resfriar, retornaria ao estado líquido, garantindo assim a continuidade do ciclo. Nesse eterno movimento, aos poucos novas formas de vida e evolução iriam se desenvolvendo, originando todas as coisas existentes.
Anaximandro
Segundo Anaximandro, é a partir da transformação de cada coisa no seu contrário, isto é, da mudança entre pares de opostos da realidade, que podemos perceber que elas estão imersas em um turbilhão infinito, ilimitado, indeterminado, mas que determina e limita todos os seres. A este turbilhão original denominou ápeiron.
Para o nosso filósofo, pares de contrários são, por exemplo, quente-frio e seco-úmido. Isto quer dizer que em cada coisa somente um de cada par pode existir, não podendo, pois, coexistirem em um mesmo objeto, o quente e o frio. Por isso percebemos a ordem nesta determinação. Mas se nenhuma predomina eternamente (pois uma só existe quando a outra não está presente) é porque devem ser determinadas por algo extrínseco (fora) a elas, algo ilimitado, mas que as limita, o