lagoinha
As intervenções urbanas de grande porte podem afetar profundamente e as relações econômicas, sócias e culturais das áreas atingidas. Os projetos costumam ser orientados por visões particularistas e unilaterais.
O caso da lagoinha ilustra bem esta situação encarada sempre como um corredor de passagem, um problema a ser resolvido entre na ligação norte sul, aquela região foi vitima de uma serie de intervenções dramáticas e descaracterizadas, que não se preocuparam minimamente com o bem-estar de seus habitantes.
A historia daquele bairro mostra como a intervenção publica efetuada sem o devido cuidado podem afetar de forma negativa uma região. Extremamente próxima ao centro à lagoinha nunca usufrui o estatuto da centralidade os limites traçados e construídos se solidificam em redes ou tramas de desilusão.
Vão ser as suas relações de sociabilidade de consumo de lazer expressas nas festas religiosas, na boemia e na prostituição, no seu comercio de secos e molhados e mais tarde de brechós e antiguidades que configura a fisionomia do lugar.
As próprias atividades econômicas-serviços e especializados tradicionais são fortemente responsáveis pela resistência cultural da Lagoinha conferindo-lhe visibilidade em relação a cidade e possibilitando que apesar do estiolamento sofrido, o espaço pudesse manter um vigor cotidiano, criando novas referencias mesmo quando supridas ou alteradas relações que o caracterizavam.
No entanto a lagoinha paga o preço pela sua localidade, sofrendo profundas cirurgias em seu tecido urbano, seguidamente cortado por avenidas e viadutos mais recentemente a área volta a ser cenário deste tipo de intervenção.
Mais desta vez, o projeto lagoinha introduz um conceito novo de intervenção do poder publico. Partindo de estudos que procuram compreender de forma abrangente a região afetada incorporando a perspectiva da