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1. A HISTÓRIA DO BALÉ

O balé é a representação cênica que combina dança, música, cenário e figurinos para dar a um enredo interpretação visual completa de forma que não precise ser explicado em palavras. Segundo Agostini (2010, p.18), “a palavra ballet em sua forma original vem do italiano ballare, que se traduz por dançar, o balé como conhecemos atualmente, precisou passar por inúmeras transformações para chegar até este formato: codificação, clássico, virtuoso.” Para se vivenciar e trabalhar com o balé, é de fato extremamente importante, compreender sua história, trajetória e contextos.
Passado o período chamado de Idade das Trevas, onde as artes de forma geral, incluindo a dança estavam na obscuridade, surge o movimento Renascentista e a chamada Idade da Luz, causando uma grande explosão artística em todas as linguagens. É nesse momento em que aparecem os profissionais da dança, dançarinos e mestres da dança, fazendo com que a dança saia dos guetos e busque sua identidade, esse profissionalismo causou um aumento no nível técnico da dança. Para Bourcier (1987, p.64), “[...] a partir deste momento, torna-se consciência das possibilidades de expressão estética do corpo humano e da utilidade das regras para explora-lo.”.
É na Itália, há mais de 500 anos, numa época repleta de mudanças, romantismo e contradições que se inicia a história do balé clássico. Naquela época, nas antigas cortes italianas, os nobres assistiam e participavam de espetáculos de música, dança e mímica. Os próprios integrantes da corte eram os bailarinos, por isso o balé era chamado ballets de cour, ou balé da corte. Primeiramente o balé de corte era um baile organizado em torno de uma ação dramática, formando geralmente formas geométricas devido ao fato de que eram assistidos de cima.

[...] desde o século XII, havia sido encontrado na França o principio da dança metrificada, da dança de corte [...] os mestres italianos do Quattrocento aperfeiçoaram-na, tendo os franceses codificado