La arquitetura.
O livro apresenta uma profunda e inteligente crítica ao pensamento urbano tendo por base todo um conhecimento histórico que construiu e transformou na cidade contemporânea. Ele se divide em capítulos que procuram dar enfoque a temas que foram cruciais para essa formação. Para a matéria de urbanismo, o texto foi extremamente explicativo e atencioso para descrever a realidade do que é a cidade, do que ela é para a sociedade, como foi e também como poderia ser.
O autor começa discutindo sobre a origem da cidade, que foi fruto da busca humana pelo domínio sobre o território, e que continua sendo um elemento comum nas cidades até hoje. Menciona o grande valor que ela teve em comparação ao campo, lembrando do maciço deslocamento populacional para as cidades. Compara a cidade como um imã, que reúne e concentra os homens em grupos. A cidade é vista, então, como um local de permanente moradia e trabalho, local de acumulação de riquezas, conhecimentos e de produção. A massa é dividida assim por quantidade de bens de cada cidadão, que é representada em uma organização hierárquica. Ela, assim, possui uma grande e importante influencia política, fazendo com que seja submissa à regras da parte que possui o maior cargo, o maior valor, maior importância (o Estado e a massa de alta renda). Tudo é controlado pelo governo. A população trabalhadora fica submetida à ela para sua sobrevivência ao mesmo tempo que ela, a cidade, depende dessa população, que pouco possui em capital, para ser cidade.
Em outra reflexão, o autor articula o conhecimento de capital agregado à cidade, que deixa evidente a luta pela terra e a sua privatização, a segregação espacial e a tamanha intervenção do Estado na mesma. Com o aumento incessante das cidades, influencia o crescimento do comércio e também a arrecadação de renda. Separam-se os locais de trabalho dos de moradia e assim também se separa grupos sociais, que são em sua maioria