Resumo história de la arquitetura contemporânea, renato fusco
Projetada antes da Segunda Guerra Mundial, mas construída imediatamente depois da mesma, a Unidade de Habitação é constituída por uma estrutura portante de concreto armado, que se eleva sobre uma vasta plataforma, chamada de sol artificial, cuja altura permite a existência de instalações visitáveis. Essa estrutura apoia-se em dezessete pares de pilares ocos e modelados plasticamente para alojas as instalações.
De forma geral, a Unidade de Habitação é um enorme edifício com partes altamente especializadas, com o objetivo de levar à prática o ideal de casa coletiva e autossuficiente que remonta à tradição dos reformadores utopistas.
Fusco analisa três elementos da Unidade de Habitação:
A estrutura portante principal;
A configuração e a articulação das células residenciais e
A retícula tridimensional exterior das loggias brise-soleil.
A estrutura portante principal
O grande esqueleto de concreto armado configura a base dos tracés régulateurs, traçado ortogonal, de inspiração clássica, cartesiana. Já as formas plásticas dos pilotis, do sol artificiel e das instalações do nível da coberta, configuram as formas livres derivadas da pintura e da escultura purista.
Portanto, considerando a estrutura, pode-se afirmar que coexistem duas famílias morfológicas distintas. Essa coexistência (o passo brusco dos fatores descontínuos a unidades discretas – a retícula ortogonal – aos contínuos e não decompostos – as formas livres) talvez seja o aspecto mais típico do estilo de Le Corbusier.
Deve-se lembrar de que a evolução da relação de elementos portantes e suportados caracteriza todo o desenvolvimento do Movimento Moderno.
A estrutura de esqueleto se exibe no século xix, quando se submete ao gosto figurativo do Art Nouveau, se acusa francamente no protorracionalismo, até que o racionalismo o absorve em seu programa de espaços dinâmicos, incorporando uma tecnologia que não tinha necessidade de ser exibida.
Precisamente na