Keynes
O economista era um antiliberal declarado, contra o laissez-faire (interferência mínima do estado na economia) e contrariamente ao que muitos poderiam concluir, Keynes inovou mais uma vez ao não rejeitar o capitalismo, ele pautava-se no princípio de que a propriedade privada e livre iniciativa são consideráveis para uma sociedade mais justa.
Para o estudioso, o capitalismo é apenas um sistema econômico e o liberalismo é o princípio que justifica os atos de governos. Na circunstância em que ele vivia (Inglaterra, primeira metade do século XX) as ideias do pragmatismo e liberalismo estavam bastante difundidas.
Keynes criticava o pensamento dos contratualistas: Locke e Rousseau, que acreditavam no estado da natureza, onde o homem era virtuoso e para que para garantir sua liberdade, era necessário firmar um contrato social. Ele também divergia do pensamento de Hobbes, que pregava que o homem vivia em estado de guerra no seu estado da natural e o contrato social serviria para manter a ordem, segundo Keynes “não existia um contrato perpétuo aos que têm e aos que adquirem, o mundo não é governado do alto de forma que o interesse particular e social sempre coincidam”. Ou seja, não existe liberdade natural, nem mão invisível que rege economia (como preconizava Smith) e não é possível aliar a vontade individual com a vontade de todos.
O consagrado economista não era igualitarista,acreditava que o individualismo é a melhor maneira de resguardar as liberdades pessoais, porém tem consciência do caos da desigualdade social, segundo ele, a concentração de riqueza prejudica o crescimento econômico e o próprio curso do capitalismo. Também era contra os juros, salvo nos casos de uma fase transitória da economia, que