Keynes e a economia
ECONOMIA
Conteúdo: 1. Introdução pág. 02 2. Investimento em KEYNES e KALECKI pág. 03 3. Os modelos em Debate pág. 18 4. O Investimento em Capital fixo no Brasil pág. 29 5. Conclusões e Recomendações pág. 49
Autor: Desconhecido
CAPÍTULO 1
1 - INTRODUÇÃO
O princípio da demanda efetiva nos ensina que a condição fundamental para que um investimento seja realizado é a expectativa de que ele seja lucrativo. Como esta expectativa se sustenta em bases precárias e futuras, a decisão de investir se torna extremamente dinâmica. A importância desta questão reside no fato de que o emprego, a renda e conseqüentemente a poupança resultam desta decisão. O investimento é o motor da dinâmica econômica. Identificar os fatores que determinam o investimento é explicar a dinâmica do capitalismo.
Focalizar o investimento é fundamental para tratar das questões mais importantes de sistema econômico no longo prazo. Cruz (1988) acredita que a literatura ainda não foi capaz de dominá-lo completamente, nem teoricamente e nem para fins de política econômica.
Conforme Cruz (1988) o debate no Brasil sobre a perspectiva de manutenção de uma taxa satisfatória de crescimento sinaliza as seguintes razões para justificar o volume de investimento insuficiente: (i) os argumentos que atribuem a falta de investimentos à demanda efetiva acreditam que o perfil e a instabilidade da distribuição da renda e uma taxa de juros excessivamente elevada resultou numa baixa capacidade de consumo. Além disto, a instabilidade econômica e a redução dos investimentos públicos teriam colocado o investidor numa posição de cautela e inviabilizado um poderoso efeito estimulador do investimento privado; (ii) os argumentos de restrições na disponibilidade de fundos para investir sustentam que o Brasil presenciou uma escassez de fundos para investimento, em função de uma baixa capacidade de poupança, da instabilidade das taxas de