Economia Política Dissertação Crítica Keynes
História 7º Período
Economia Política
Rodolpho Ferreira Borges e José Guilherme Leite Galvão
O fim do liberalismo, era isso que previa John Maynard Keynes. No trecho de sua obra “Crítica ao Laissez-Faire”, intitulado, “O fim do laissez-faire”, o autor disseca as origens e embasamentos filosóficos e metafísicos da teoria liberal, hegemônica no mundo ocidental à época, no entanto, demonstrando fraquezas, e são sobre tais fraquezas que o autor elucida. Desse modo, explica também os motivos que fizeram com que os princípios laissez-faire se tornassem hegemônicas. A partir de tais elucidações o autor parte para a construção de propostas para um novo sistema econômico que corrigiria os problemas, por ele reconhecidos, do sistema liberal. No entanto, quanto as tais propostas, usando do privilégio de saber quais suas consequências na prática, também apresentam falhas, e sobre elas falaremos mais abaixo. Keynes inicia sua explanação apresentando o laissez-faire como fator que uniu duas correntes de pensamento, a democracia igualitária e o socialismo utilitário. “À doutrina filosófica de que o governo não tem o direito de intervir, e à doutrina divina de que ele não tem necessidade de interferir, acrescenta-se uma prova científica de que sua interferência é inconveniente” (KEYNES, p. 108-109)
Percebem-se aí as bases do pensamento liberal, e, de fato, é sobre este pensamento que o autor esta explanando; este é a teoria que proporciona a fundamentação científica para a união das correntes de pensamento citadas no começo. Quanto aos fatores que levam os princípios do laissez-faire a se tornarem tão populares e encontrarem raízes na sociedade da época, Keynes cita: a incompetência e inépcia dos administradores públicos da época; o grande progresso material proporcionado pela iniciativa individual; o darwinismo, pois segundo ele “o próprio homem resultava da livre-concorrência” (KEYNES, p. 110); a consideração deste de incapacidade das