S ntese Marta Traumas da Alemanha
1921 palavras
8 páginas
Universidade Federal de AlfenasPrática de Pesquisa Histórica
História 7º Período
Rodolpho Ferreira Borges
No trecho do texto sobre o qual trataremos aqui, os autores iniciam uma discussão sobre os desafios das pesquisas em história oral perante os traumas na Alemanha pós-guerra, oriundos das memórias do holocausto nazista. A primeira parte trata, como diz o próprio título do capítulo, sobre a verdade e a inexatidão nos depoimentos sobre o holocausto; já a segunda, sobre as memórias silenciadas o fardo de falar sobre a perseguição nazista. Tratando do primeiro tema, Mark Roseman, apresenta-nos sua experiência escrevendo a biografia de Marienne Ellenbogen, uma sobrevivente da perseguição nazista. O interessante sobre tal pesquisa foi a diversidade de registros escritos com os quais o autor pode trabalhar, e desse modo, realizar uma justaposição com os relatos orais. No entanto o autor elucida:
“[...] o que é revelador frequentemente não é o contraste específico entre o "escrito" e o "falado", mas entre percepções e lembranças já "consolidadas" ou registradas em diferentes pontos de distância dos acontecimentos descritos, isto é, em relatos e Cartas "da época", em entrevistas e conversas "de hoje". Em todo caso, quando comparei o que minha entrevistada me contou com o que dizia nas fontes contemporâneas, emergiram inúmeras diferenças e discrepâncias relevantes.” (p.123)
Sobre as discrepâncias citadas pelo autor no trecho transcrito acima, o foco se dá na imprecisão e na mudança das lembranças como o passar do tempo, em comparação com os registros contemporâneos. Já quanto à conveniência de se falar sobre a confiabilidade dos relatos orais, há uma discussão com outro autor que lança dúvidas sobre isso. Desse modo Roseman conclui: “Mas minha experiência – e este é o ponto central deste paper – é a de que a "preocupação com a exatidão" que Langer despreza ajuda a compreender aquelas "complexas falhas de memória" que ele procura revelar.” Quanto ao relato de