kaspar
Sem habilidade de falar, escrever e andar ereto, Kaspar trazia consigo um bilhete de origem anônima dirigido ao capitão de cavalaria da cidade. O bilhete continha uma pequena apresentação sobre Kaspar, um homem sem contato humano, criado num porão e pedia para que fizessem dele um cavalheiro.
Kaspar só sabia falar uma frase: “quero ser cavalheiro”. Nos seus anos de cativeiro sua única companhia foi um cavalinho de madeira e, portanto a única palavra que havia significado para ele era “cavalo”, todas as outras tinham significado vazio.
Considerado estranho e anormal para o resto da sociedade, Kaspar foi objeto de estudo, mas também chegou a ser colocado no circo.
O professor Daumer abrigou Kaspar e tratou de cuidar de sua socialização, aprendeu a falar, andar, tocar instrumentos, montar a cavalo e outras atividades. A partir dessas novas experiências, Kaspar passa a fazer questionamentos sobre as coisas mundanas, como porque não tinha pais.
Começou a recordar dos seus tempos de cativeiro e quando essa notícia se torna pública sua vida passa a correr perigo. Kaspar sofre um atentado mas acaba sobrevivendo. Em 1833, pouco depois de ter completado 22 anos, sofre o segundo atentado no qual é apunhalado e não sobrevive, seu cérebro foi retirado para estudos dos médicos.
Assim como sua origem e real identidade e a pessoa que o manteve em cativeiro quando criança, seu assassino não foi descoberto.