Karl polanyi, cap 4
Universidade Federal Fluminense
Ciências Econômicas
História Econômica Geral I
Professor: Luiz Fernando Saraiva
Capítulo 4
Sociedades e sistemas econômicos
Pág. 59
O autor apresenta, neste capítulo, uma abordagem um pouco mais crítica sobre o surgimento do “Homem Econômico”. A simples idéia de que anteriormente a nossa época, existia uma economia controlada por mercados auto-reguláveis é falha. Segundo Polanyi, até a época de Adam Smith o homem não tinha a propensão de barganhar, permutar ou trocar.
Pág. 61
Baseado em Weber, ele defende a importância do estudo das economias primitivas (onde o homem não tinha propensão de lucrar) para se entender as motivações e mecanismos das sociedades civilizadas e critica a geração de Adam Smith que não tinha qualquer interesse na cultura do homem “não-civilizado”.
Antes do “Homem Econômico”, a economia do homem era submersa em relações sociais. Assim, o homem não trabalhava para obter lucros e a consequente posse de bens materiais e sim para suprir suas exigências sociais. ”Nem o processo de produção, nem o de distribuição estava ligado a interesses econômicos específicos relativos à posse de bens”. (Polanyi pág. 61)
Pág. 63 A ordem na produção era garantida pelos princípios da reciprocidade e da redistribuição. A reciprocidade se dá, principalmente, no âmbito familiar, um exemplo disso é marido que alimenta seus filhos e sua mulher. O beneficio material que ele obterá será pouco, entretanto o prestigio social pelo seu bom comportamento o beneficiará. A redistribuição se dá no arrecadamento da produção de todas as aldeias por um chefe geral, que as armazena e as distribui de acordo com a necessidade de cada família.
Pág. 67 Há também um terceiro princípio: a domesticidade, que consiste na produção para o uso próprio. Não podemos presumir, porém, que a domesticidade seja mais antiga que a reciprocidade e a redistribuição, pelo contrário,