Karl Marx
Os economistas modernos, segundo Marx, eram incapazes de fazer diferença entre características universais da produção (comuns a todos os modos de produção) e características específicas do capitalismo. Isso levava a duas distorções principais:
Crença de que o capital estava presente em todos os processos de produção: foram os equívocos de todos os economistas anteriores a Ricardo (exceto Hodgskin);
Crença de que toda atividade econômica era simplesmente uma série de trocas: todos os economistas posteriores a Ricardo (principalmente Senior e Bastiat) acreditavam nesta distorção.
A produção exige um instrumento de produção, assim como não há “produção sem trabalho passado acumulado” e o capital é um dos instrumentos da produção (também é trabalho passado materializado). Assim, Marx define capital como “relação eterna e geral da natureza”. Apenas no modo de produção capitalista os instrumentos de produção e o trabalho acumulado eram a fonte de renda e de poder da classe dominante.
Outra crítica de Marx aos economistas era sobre a propriedade ser considerada por eles sagrada e por ter sido erroneamente considerada como uma forma existente de propriedade privada capitalista. Além disso, criticou a separação total feita por Mill entre produção e distribuição, pois, para Marx, havia inúmeras formas de propriedade e cada modo de produção apresentava uma em particular e essas formas de propriedade é que determinavam a distribuição. Logo, propriedade e distribuição não