Kardecismo No Brasil
A doutrina espírita do francês Allan Kardec foi introduzida no Brasil por meados do século XIX, sendo originalmente praticada através de franceses que aqui viviam. No entanto, após a tradução dos livros de Kardec pelo jornalista Luiz Olimpo Telles de Menezes, em 1860, gerou um alcance maior, principalmente entre militares e intelectuais.
A primeira sessão espirita do Pais aconteceu 1865, em Salvador, no Grupo Familiar do Espiritismo por e foi realizado Teles de Menezes. Na Bahia quando se registrou o desenvolvimento do espiritismo, a Igreja Católica através criou a pastoral "Contra os erros perniciosos do Espiritismo", de autoria do então arcebispo da Arquidiocese de São Salvador da Bahia. Em contrapartida o Espiritismo em novembro de 1873, fundou a Associação Espirita do Brasil, continuação do "Grupo Familiar do Espiritismo" e, no ano seguinte (1874), na mesma cidade, alguns membros dessa Associação fundaram o "Grupo Santa Teresa de Jesus".
Uma grande repercussão aconteceu no Rio de Janeiro, então capital do Império no Brasil, as primeiras sessões espíritas de lá foram realizadas por franceses, muitos deles exilados políticos do regime de Napoleão na década de 1860. No mesmo período, o Jornal Comercio tradicional periódico da então capital brasileira, abordou os espetáculos acerca dos espíritos então populares nos teatros de Paris e, em seguida, passava a tecer comentários em torno do Espiritismo. Nesta capital, a primeira instituição espírita a ser fundada foi a Sociedade de estudos Espiritas, em 1873. Conforme previsto em seus estatutos, devia seguir os princípios e as formalidades expostos em ‘O Livros dos Espíritos’ e em ‘O Livro dos Medium’, de Allan Kardec. As suas atividades incluíam ainda o receituário gratuito de homeopatia e a aplicação de passes aos necessitados.
Porém, houve Divergências ideológicas entre os que preconizavam um espiritismo ‘científico’ e outros que sustentavam um espiritismo "místico",