Kant
Immanuel Kant começa por referir a experiência estética caracterizando o juízo como estético apenas se este for determinado por um prazer desinteressado, em seu livro “Crítica da Faculdade de Juízo". Kant se refere a prazer como um determinado sentimento de que temos experiência, e podemos dizer que o fato de o juízo estético se referir a um sentimento e não a um objeto nos leva a pensar que se trata de um juízo subjetivo.
"O juízo de gosto não é, pois, nenhum juízo de conhecimento, por conseguinte não é lógico e sim estético, pelo qual se entende aquilo cujo fundamento de determinação não pode ser senão subjetivo". Kant defende que os juízos de gosto não se referem à existência dos objetos, referem-se ao nosso próprio estado subjetivo de prazer ou desprazer acerca do conteúdo da experiência. Para Kant o belo não é um objeto, ou seja, não pode ser referido através de conceitos. O gosto pelo belo é a única complacência livre dentre as três citadas por Kant no texto (belo, agradável e bom). Essa complacência livre pode ser comparada à liberdade comentada por Kant em seu texto “Resposta à pergunta: o que é esclarecimento?”, pois o autor afirma que o uso público da razão é livre para o compartilhamento de ideias e experiências em todos os domínios existentes.
Kant afirma que as nossas faculdades de conhecimentos intervêm na faculdade dos juízos estéticos, a diferença é que essas faculdades estão agora livres de qualquer finalidade cognitiva, elas se referem apenas ao nosso sentimento de prazer, sendo portanto, completamente livres. Essa liberdade é decorrente da ausência de qualquer finalidade cognitiva que nos coloca perante a simples representação dos objetos, provocando em nós um sentimento de prazer contemplativo.
É importante ressaltar que nós não teríamos essa faculdade de conhecimento sem ter sido esclarecido. Pois, segundo o texto