Kant
A finalidade da história é alcançada mediante a emancipação dos homens. Para chegar a esse fim, a história faz avanços em relação ao período anterior – daí ela ser progressiva e linear
Kant, no texto “A ideia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita” (1784), elabora nove proposições a respeito do desenvolvimento das disposições naturais do homem. Em suma, essas proposições concluem que o homem alcançará a máxima liberdade em um Estado cosmopolita, regulado pelo direito universal. Para Kant, a história universal é progressiva por se tratar de um “curso regular de aperfeiçoamento da constituição política” (KANT, 1784, p.23).
Para Kant, os homens precisam da violência, resultado do confronto entre interesses particulares, para se organizarem com o objetivo de conter a barbárie; para conter a barbárie, portanto, é necessária a sobreposição da razão à natureza.
Para Kant, Hegel e Marx, o indivíduo não é pensado como ser atomizado, mas sim integrado à espécie, à instituições e classes sociais, respectivamente. Em Kant, as “disposições naturais que estão voltadas para ouso de sua razão devem desenvolver-se completamente apenas na espécie e não no indivíduo” (KANT, 1784, p.11)
A teoria de Kant e a de Hegel convergem em muitos pontos. O primeiro que se pode apontar é que os homens agem por meio de suas paixões e vontades particulares e, assim, acabam alcançando, ainda que inconscientemente, o progresso.
Kant, por exemplo, supõe que há um fio condutor que levaria o homem à emancipação. Tal fio condutor seria guiado pela natureza, e essa razão é algo natural e intrínseco ao homem.
Ao propor a correlação da concepção de Kant a respeito da convicção de uma História Universal cosmopolita com a Filosofia da História, compreende-se a sua defesa de um ideário de que a humanidade está sujeita a um plano secreto, pois ocorre uma correlação de leis naturais que têm como objeção alcançar uma