Kant

Kant presenciou importantes acontecimentos políticos, como a Revolução Americana, de 1776 e a Revolução Francesa, em 1789. Estes acontecimentos foram marcados por uma nova proposta de Estado, a constituição liberal. Neste contexto, Kant se enquadra na companhia de Rousseau, Voltaire, Montesquieu, David Hume, Thomas Jefferson, dentre outros que buscavam uma sociedade mais racional e humana e se opunham ao poder absoluto dos governantes, baseado na religião e na tradição, exigindo o estabelecimento de um sistema respeitador das liberdades dos homens.
A filosofia moral e política kantiana busca a afirmação da idéia de liberdade. Encontra-se, essencialmente, dividida em três obras: Fundamentação da metafísica dos costumes (1785), Crítica da razão prática (1788) e Metafísica dos costumes (1798).
LIBERDADE EM KANT
Para Kant, um dos direitos fundamentais é o direito à propriedade privada e o uso dela. Por outro lado ele acredita que a liberdade política está bastante ligada a noção se direito, sendo liberdade e direito uma mesma realidade.
A visão que Kant tem de liberdade, é como sendo aquela de demandar propriedade privada, caracterizando-a como um direito alienável. Os indivíduos livres são aqueles proprietários que apenas obedecem às leis elaboradas por eles próprios e a posse pode ser aquela física ou jurídica. Para que a propriedade possa ser garantida é necessária uma legislação vinda da vontade geral junto com um poder coercivo que o execute, nesse caso o poder Estatal. A única atuação do estado seria assegurar o que já foi adquirido pelo direito natural, vigiando os cidadãos para que sejam incluídos de uma forma justa os meios que cada um usa em sua propriedade. Kant diz que a liberdade só existe porque há liberdade para se fazer tudo aquilo que a lei não proíbe, assim o direito é o fundamento da noção de liberdade, permitindo limitar a liberdade de cada um para que todos entrem num acordo e assim garantindo a liberdade de todos. Dessa forma a