KANT E O Utilitarismo
Já o utilitarismo é um tipo de ética consequencialista. O seu princípio básico, conhecido como o Princípio da Utilidade ou da Maior Felicidade, é o seguinte: a acção moralmente certa é aquela que maximiza a felicidade para o maior número. E deve fazê-lo de uma forma imparcial: a tua felicidade não conta mais do que a felicidade de qualquer outra pessoa. O princípio básico dos utilitaristas é hoje central nas disputas morais. O utilitarista defende que a única coisa valiosa é estados mentais de felicidade, e que a ação correta é aquela que faz pender a balança do prazer e da dor para o lado do prazer. Desse modo, não há lugar para conflitos de valor no seu interior e tomar decisões morais parece mais simples.
Ao meu ponto de vista, o utilitarismo é errado. Porque o utilitarismo é demasiado exigente. Diz-nos que é sempre errado fazer algo que não contribua para a felicidade geral no maior grau possível. Nunca é aceitável fazer menos do que maximizar a felicidade geral por maiores que sejam os sacrifícios pessoais que isso implique. O utilitarismo parece demasiado permissível, não admite restrições deontológicas. Para um utilitarista é correto matar ou torturar inocentes se isso resultar numa maior felicidade geral. Mas, parece que atos desse tipo não são justificáveis pelo simples fato de produzirem as melhores conseqüências. Alguns utilitaristas defendem que a sua teoria não é demasiado permissível fazendo notar que esta não deve ser usada sistematicamente para tomar decisões, e que existem outras motivações úteis para agir.
O utilitarismo defende que devemos agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar. Uma das objeções a esta