Kant & Freud psicologia da educação.doc
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ENSAIO1Pablo Cechinato de Lima2
Ao investigar a ligação entre Freud e Kant na obra de Leyserée Xavier, recorre-se a uma noção central da moral kantiana para relaciona-la ao superego freudiano. Diz Freud: “O caráter compulsivo do superego, faz com que ele se exprima sob a forma de um imperativo categórico”. A partir dessa citação, visa-se aprofundar o que entende-se por imperativo categórico e superego, para posteriormente buscarmos uma conexão entre estes conceitos que se distanciaram ao longo do tempo. Na obra Crítica da razão pura (1788), Kant traz á luz o agente moral que aceita um pacto com uma lei impessoal e universal fornecida através da própria razão. Entretanto o sujeito sofre uma implicação no núcleo psicológico ao aderir a moral do dever que é manifestada através do imperativo categórico. A implicação pode violentar os sentidos do agente toda a vez que ele obedece à lei que lhe é imposta a si pelo pacto feito com a própria razão. Ao buscar compreender a dimensão da psicologia freudiana, entende-se que o superego é o representante interno dos valores e ideias tradicionais da sociedade. Superego é entendido como arma moral da personalidade. Sua principal função é decidir se é certo ou errado, portanto visa mais o ideal do que o real tendendo a perfeição. Na idade adulta que o superego está desenvolvido ele já não é controlado pelos pais ou responsáveis, e sim pelo autocontrole. No impulso da ousadia de Freud arrisco-me dizer que a figura do imperativo categórico pode atender as exigências do superego, sem trazer prejuízos a ninguém. Ao comparar máxima moral kantiana e a instância superegoica freudiana, brevemente poder-se dizer do imperativo do dever: Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa do outro, sempre e simultaneamente como fim e nunca como meio; E a moralidade superego: Age de tal maneira que tua ação sempre possa te fazer sentir-se realizado e idealizado para todos, pois agiste sempre e