Justiça e religião

O véu
Na renascença, dois homens, escrevem e idealizaram um único livro. Em 1487 esta obra foi apresentada pela primeira vez, na Alemanha, e, não muito tempo depois, os dois homens entraram para história, pois em algumas páginas estavam todas as instruções necessárias para que a justiça fosse feita. Em 200 anos que decorreram após a conclusão do livro, cerca de 50.000 mulheres foram julgadas e queimadas vivas, acusadas de bruxaria; fruto deste livro de justiça. A justiça foi conforme o livro Malleus Maleficarum; e o mundo ficou livre das “bruxas” que nunca existiram.
A justiça dos homens é falha, é ferrenha, é pesada, não há amor nos julgamentos. A confecção do Malleus Maleficarum reflete isso. Mas será que hoje em dia estamos muito distante disso? A justiça de hoje prende aquele que rouba um pão junto àquele que mata o madeiro, mantem criminosos ociosos com o trabalho daqueles que lutam par viver dentro da lei, mantem encarcerados, por uma vida inteira, àqueles que cometeram um único erro; até que se prove o contrário; infelizmente a justiça não evoluiu tanto desde o seu surgimento.
A justiça tem uma meta a ser atendida. Quem nunca escutou que a justiça dos homens é falha, mas a de deus é perfeita? Estamos sempre em busca de melhorar, em busca da evolução, em busca de perfeição; nossa justiça juntamente, sempre tentando se igualar à “justiça divina”. Alcançar aquilo que é perfeito, punir com amor e perdão, punir de forma que corrija os erros cometidos. O apogeu de nossos julgamentos será quando o mesmo for igualado ao de deus?
A Bíblia, que é a referência divina, nos diz que aqueles que não seguem os caminhos do senhor se perderão em trevas e sofrerão eternamente, diz que o próprio deus matou centenas de milhares de pessoas por atos de luxuria e fornicação. Seria o mesmo que torturar uma criança por ela não ir à escola, ou atirar sem parar, por dias, em pessoas infiéis. Isso parece injusto a qualquer um que tenha o mínimo de senso de justiça, logo se a nossa