jornalismo
Licenciado sob uma Licença Creative Commons
JENKINS, Henry. Cultura da convergência. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2009.
(A)
Thaísa Bueno
Mestre pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), jornalista e professora na Universidade Federal do Maranhão
(UFMA), Imperatriz, MA - Brasil, e-mail: thaisabu@gmail.com
Dialogando com ícones da cultura pop, como reality shows, Matrix, Harry Potter entre outros, Henry
Jenkins propõe-se nessa obra discutir como se organiza hoje, de forma prática, a interação do público com os meios de comunicação. A partir de exemplos do cinema, da política e da televisão, aponta as modificações que público e mídia sofreram com as possibilidades interativas advindas das novas tecnologias, em particular as comunidades virtuais.
A obra é divida em seis capítulos, que abordam o tema da convergência em diferentes plataforma midiáticas. A proposta não se resume em analisar esse nicho nas produções de entretenimento, mas mostrar que a convergência é uma forma de gerar, paulatinamente, uma mídia e, porque não, uma sociedade mais democrática. Durante todo o livro, o autor não traz respostas; ao contrário, apresenta perguntas. Essa é a grande contribuição da obra, porque permite que seus argumentos dialoguem com diferentes plataformas midiáticas, inclusive as que não são abarcadas nos exemplos escolhidos. Ou seja, é uma publicação que chama a uma atualização por parte do leitor, que o convida a convergir também.
Inicialmente, pode parecer que se trata de mais um livro para enaltecer os proventos das novas tecnologias, no entanto, embora tenha um arrebatamento claro pelos avanços tecnológicos, o autor não chega a ser um “fã”. Ele se permite admitir que nem todos têm acesso à internet; entre os quem têm, muitos descartam uma postura participativa, e, portanto, a convergência ainda engatinha. No entanto, nessa obra a meta que cumpre com eficiência é mostrar que, a passos lentos, esse novo modelo de