Justiça Restaurativa Educando para Paz

Curso Operadores do Sistema Socioeducativo - Polo Niterói

A JUSTIÇA RESTAURATIVA
EDUCANDO PARA A PAZ

Thais Costa Leoncio Silva
Vanessa Anjos dos Santos

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender; e se podem aprender a odiar podem ser ensinadas a amar”.

Nelson Mandela

“Antes de cobrar alguma coisa, procure saber quanto você deve. Não faça cobrança pelas coisas ruins que acontecem em sua vida, pois a vida pode lhe cobrar tudo de bom que lhe ofereceu”. Outubro, 2013

(autor desconhecido)

I – INTRODUÇÃO
Pensando no tema Justiça Restaurativa, decidimos nos aprofundar conhecendo deste instrumento seus conceitos e procurando apreender suas técnicas e diretrizes, assim como sua aplicabilidade no sistema socioeducativo vivenciado em nossa prática diária. Pretendemos com esse estudo compreender os conflitos e conhecer alguns saberes e práticas que utilizem uma postura diferente do modelo de Justiça Criminal que visa a punição dosada na ideia que quando se produz uma dor, deve-se pagar com a dor, o que entendemos como uma reprodução de uma violência com a paga por outra violência. Vejamos, a Justiça Restaurativa parte de uma contraposição a Justiça
Retributiva, em vez de ações repressivas procura-se alternativas que vão além da punição, ou seja, ações preventivas onde se busca restaurar o verdadeiro significado de
Justiça, esquecido por pensamentos ultrapassados uma cultura baseada no “dente por dente, olho por olho”.
A JR procura compreender numa abordagem dialógica a razão da violência, conhecendo-se o fato sob outro ponto de vista, reunisse as pessoas envolvidas para discutirem e decidirem a respeito da ofensa, busca estabelecer um novo relacionamento e novos padrões de conduta para com o outro, numa relação horizontal. Existindo uma relação de poder com o outro e não sobre o outro, trabalha-se em cima de resultados que