Homofobia no Ambiente de Trabalho Corporativo As diferentes formas de preconceito e discriminação baseadas na orientação homossexual no ambiente de trabalho infelizmente ainda são bastante comuns no Brasil. Em razão disso, a luta contra a discriminação, o preconceito e a violência dirigida contra os trabalhadores homossexuais vêm crescendo e se tornando uma questão cada vez mais importante no que se refere à mobilização por parte dos grupos homossexuais, bem como na agenda política nacional. Apesar desse movimento o que se constata é que ainda são muito poucas as organizações e instituições, especialmente as empresas privadas, que possuem políticas e práticas organizacionais de proteção e igualdade aos homossexuais em seus estatutos ou códigos de ética ou de conduta, pois quando existem constituem, na verdade, mais a exceção do que a regra propriamente dita. O preconceito contra a homossexualidade e os homossexuais no ambiente de trabalho é um reflexo direto da grande discriminação social ainda existente em nossa sociedade que percebe a homossexualidade e suas manifestações como uma orientação sexual anormal e desviante, respondendo a ela através do processo de estigmatização. As manifestações ou insultos homofóbicos no ambiente de trabalho podem ir do bullying, difamação, injúrias verbais ou gestos e mímicas obscenos mais óbvios até formas mais sútis e disfarçadas, como a falta de cordialidade e a antipatia no convívio social laboral, a insinuação, a ironia ou o sarcasmo, casos em que a vítima tem dificuldade em provar objetivamente que a sua honra ou dignidade foram violentadas. Sabidamente, uma das agressões mais frequentemente praticada pelos homófobos em nível mundial, com particular incidência nas sociedades latino-americanas, tradicionalmente machistas, e que funciona como um tipo de insulto codificado e, na maioria das vezes, impune, é o de assobiar, entoar, cantarolar ou bater palmas (alto ou em surdina, dependendo da audácia do agressor) quando