Julgamento - o caso dos exploradores de caverna
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Após ler o livro O caso dos exploradores de caverna e fazer uma análise profunda do fato ocorrido aos exploradores, bem como dos vereditos dos cinco juizes, pude chegar a uma decisão que me parece mais justa. Assim como o juiz Tatting, senti-me perplexa com o caso, dividida entre a simpatia, talvez até uma espécie de compaixão para com os acusados, mas também acometida por um forte sentimento de repulsa ao ato que cometeram. Logo percebi, portanto, que se meus sentimentos não me permitiam um julgamento rápido, minha razão deveria ser ainda mais cautelosa, principalmente se levarmos em conta o fato de que onze pessoas já perderam a vida durante o ocorrido e as vidas de mais quatro foram postas na balança. A leitura do livro me permitiu analisar comparativamente os vereditos dos cinco juizes, percebi-me inclinada a diversos argumentos, mas sem centrar-me numa única posição. Tomando a declaração do presidente Truepenny, discordei de sua decisão. O presidente do tribunal, apesar de considerar plausível um abrandamento da pena pelo executivo, leva em consideração a lei, e somente ela, para tomar sua decisão, indo, assim, contra a simpatia que admite sentir em relação ao caso e a inclinação de se ter consideração pela situação vivida pelos acusados. O próximo juiz a julgar, Foster, é, ao contrário de Truepenny, extremamente jusnaturalista, assume posições com as quais simpatizei em diversos pontos, mas como prefiro me ater a decisões ponderadas, também discordei em outros. Foster defende que os exploradores estavam em uma situação excepcional e, portanto deveriam ser julgados excepcionalmente. Segundo ele, a situação extrema, de prisão e fome, em que se encontravam, os havia retirado da sociedade, e as leis positivadas foram criadas para os homens na vida em sociedade, sendo assim, essas leis não poderiam ser aplicadas aos réus, o que os deixaria sob uma jurisdição naturalista e, segundo Foster, era sob ela que deveriam ser julgados. Foster