Judaismo
3.1. Formas de o fiel estabelecer relação com o sagrado:
Para os judeus as orações, ou T’Filah, são uma parte muito importante da conexão do individuo com o sagrado, e também parte importante da cultura e integração social de seu povo. Os judeus consideram que o Eterno já sabe de suas necessidades e sentimentos, porém no momento da oração o individuo passa um tempo olhando para si mesmo, refletindo sobre suas ações, sobre seu papel na sociedade e no universo e sobre seu relacionamento com o Eterno, de modo que a oração judaica não é apenas um momento de agradecer e pedir, mas principalmente de refletir. Uma característica interessante da oração judaica é que em geral ela é muito mais coletiva que individual, tanto que em sua maioria elas contem a palavra “nós” ao invés de “eu”, por isso é muito comum que os judeus se reúnam nos momentos de orar, mesmo que não necessariamente na sinagoga. É dada a liberdade ao judeu de orar de forma livre, ou seguindo modelos, chamados de B’rachots ou “bênçãos”. As B’rachots podem tanto fazer parte dos serviços em uma sinagoga, quanto serem repetidas em casa antes ou depois de diversos acontecimentos. Basicamente são três tipos de bênçãos. As recitadas depois de algum prazer material como comer, beber ou ganhar uma coisa nova, e que servem pra reconhecer o Eterno como criador daquilo que acabamos de receber. As recitadas depois de cumprido algum mitzvah (mandamento) e que louva o Eterno como sendo aquele que nos ensinou os mandamentos e que nos mandou fazer aquilo que acabamos de fazer. E o último tipo de benção são as que são recitadas depois de algum acontecimento ou momento inesperado, tanto bom quanto ruim, e que servem pra reconhecer que tudo que está no universo, bom ou ruim, está sob o controle do Eterno. As orações judaicas também podem ser acompanhadas de melodias e de movimentos corporais, as melodias tem como