Jovem brasileiro
Não há como entender um país acompanhando apenas o noticiário.
A História política brasileira tem uma característica muito peculiar, que explica por que as mudanças renovadoras são sempre muito lentas e, mesmo quando acontecem, deixam à impressão de que nada mudou. O motivo é que as grandes mudanças têm sido introduzidas pelas forças conservadoras, que as implantam quando não podem mais impedi-las e, assim, continuam exercendo papel preponderante em cada nova ordem das coisas. Um exemplo prático pode ilustrar essa idéia; Os republicanos difundiram o novo regime, mas quem proclamou a República foram os Marechais e os Conselheiros do Império. Parafraseando Paulo Freire “Educar é um Ato Político”
A Escola não está cumprindo a sua função que é educar para formação de um cidadão consciente e crítico.
É um quadro bem desanimador o da política brasileira. Nesse contexto, os brasileiros parecem cada vez menos esperançosos com seus governantes, anulando seu voto, escolhendo qualquer candidato, dando um tiro na democracia. O jovem por sua vez, geralmente adota a mesma postura, pois é o reflexo de seus familiares, pais e professores.
Esse é um dos maiores e mais graves problemas do Brasil: a alienação política.
Como já alertava o poeta e dramaturgo Bertold Brecht, o “Analfabeto Político” é aquele, que simplesmente ignora a política. Para ele, a política é “um saco” e nenhum candidato presta, já que são todos iguais. Mal sabe ele que esse tipo de postura só favorece o político corrupto, que acaba se mantendo no poder.
Taxar a juventude atual de alienada é preconceito. O Brasil não precisa de uma legião de jovens revolucionários incandescidos, mas de uma juventude consciente de seus deveres e de seu poder. Os jovens podem e devem mudar esse imenso Brasil, pois a manifestação é um Ato democrático que o jovem brasileiro tem que se acostumar a praticar, manifestar não é só pegar em armas e sair por aí dando tiros, mas sim