Jovem aprendiz no mercado detrabalho
Escrito por Caroline Almeida
Considerando o atual cenário das relações econômicas no nosso país, temos os jovens que em busca de sua primeira experiência profissional, trabalham para complementar a renda familiar e arcarem com gastos individuais. Para que os jovens tenham acesso ao mercado de trabalho formal existem o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei da Aprendizagem que permitem o trabalho de adolescentes. Estes documentos preveem a permissão do trabalho de adolescentes a partir dos quatorze anos de idade na condição de aprendiz. Considerando a adolescência como um período de transição entre a infância e a vida adulta, ficam evidentes as diversas questões que a adolescência levanta para o jovem que, em meio a tantos conflitos, depara-se com uma necessidade inerente de se posicionar, organizar e direcionar sua vida, projetando-se dentro de um espaço maior que é a existência do ser humano no mundo. De acordo com Castanho (1988) o projeto de vida é a organização daquilo que o indivíduo vai fazer no espaço de tempo que tem para viver, e este é, em geral, elaborado no final da adolescência, quando a maioria dos jovens é chamada para avaliar o que quer e as possibilidades de realização de seus planos. E como se não bastassem todas as crises pertinentes às mudanças corporais e outros conflitos vividos pelo adolescente, o projeto de vida aparece vinculado a outro ponto importante: o trabalho e a escolha de uma profissão. Escolher uma profissão, de acordo com Queiroz (2001) é um momento de grande decisão na vida dos jovens, em que o medo, a ansiedade, a dúvida e a angústia muitas vezes fazem parte de seu cenário cotidiano. Muitos conseguem superar este momento com determinação, coragem e questionamentos profundos. Mas há de convirmos que o momento pelo qual o jovem passe nessa fase de sua vida, não são facilitadores do processo de escolha, e por condizerem ao todo que formulará cada identidade pessoal,