José ''Zéca'' Afonso - Biografia
Em 1963 são editados os primeiros temas com conteudo politico no disco Baladas de Coimbra. Este disco acaba por ser proibido pela Censura. Por exemplo, um dos temas - os Vampiros - era contra a opressão do capitalismo e o Menino do Bairro Negro era sobre a miséria do Bairro do Barredo, no Porto.
Entre 1967 e 1970, Zeca Afonso torna-se um símbolo da resistência democrática. Apesar de não fazer parte de nenhum partido acaba por ser preso pela PIDE. No entanto continua a cantar e para que o seu nome não seja censurado, Zeca Afonso passa a ser tratado nos jornais pelo anagrama Esoj Osnofa.
Em 1971 edita Cantigas do Maio, no qual surge Grândola, Vila Morena. Zeca participa em vários festivais, sendo também publicado um livro sobre ele e lança o LP Eu vou ser como a toupeira. Em 1973 canta no III Congresso da Oposição Democrática e grava o álbum Venham mais Cinco. Zeca Afonso ficou principalmente associado ao derrube do Estado Novo, regime de ditadura Salazarista que se instalou em Portugal entre 1933 e 1974, uma vez que uma das suas composições, "Grândola, Vila Morena", foi utilizada como senha pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), comandados pelos Capitães de Abril, que instaurou a democracia, em 25 de Abril de 1974.
Após da Revolução dos Cravos continua a cantar, grava o LP Coro dos Tribunais e participa em numerosas sessões do Canto Livre Perseguido, bem como nas campanhas de alfabetização promovidas pelo MFA. A sua intervenção política não pára, tornando-se um admirador do período do PREC - Processo Revolucionário Em Curso. Em 1976 apoia Otelo Saraiva de Carvalho, na sua candidatura à Presidência da República.
Os seus últimos espectáculos decorreram no Coliseu de Lisboa e do Porto, em 1983, quando Zeca Afonso já se encontrava doente. No final desse mesmo ano, é-lhe atribuída a Ordem da Liberdade, mas o cantor