Josué e o Sol em Gibeom
O livro de Josué contém parte significante da literatura bíblica veterotestamentária. Uma leitura mais perceptiva deste livro fornece ao leitor um senso impressionante de continuidade dos fatos registrados pelo Pentateuco, mas desta vez, narrados por uma testemunha ocular. A posteriori, o livro de Josué se relaciona com os cinco livros de Moisés assim como o livro de Atos se relaciona com os quatro evangelhos.1
Os Evangelhos relatam o ministério de Jesus Cristo, o Legislador cristão, assim como os livros do Pentateuco fornecem, em sua maior parte, o relato do ministério de Moisés – representante de Deus e legislador para o povo de Israel em seus dias. Assim, enquanto os primeiros cristãos estiveram dispostos a permanecer sob a direção do Espírito Santo, a igreja primitiva prosperou; e enquanto Josué e o povo de Israel dependeram plenamente de Deus, a conquista de Canaã prosperou.
Como toda peça bíblica literária, esse livro possui passagens de difícil compreensão. O texto que se encontra no capítulo 10 verso 13 é um exemplo clássico de passagens que, aparentemente, chocam-se com os conceitos da realidade da vida humana postulados por Auguste Comte, Hippolyte Taine, Charles Darwin, Wilhelm Dilthey, John Dewey dentre outros pensadores; pois sugere uma violação das leis da natureza.
Não é objetivo deste trabalho analisar todo o livro de Josué, mas apenas introduzi-lo ao leitor (para ratificar seu propósito e importância literária) e, a seguir, buscar a compreensão desta desconcertante passagem acerca da existência dos milagres. Não será objetivo deste trabalho detalhar o conceito de milagres na Bíblia ou mesmo outras alusões ao livro, entretanto, haverá por parte dos comentaristas bíblicos alusões e referências aos ensinos de Jesus sobre esse assunto – milagres –, contudo elas não serão estudadas, servindo apenas para informar o leitor de sua importância e necessidade para a devida compreensão do texto.
Na metodologia adotada, dividimos a pesquisa em