Jornalismo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇAO SOCIAL

Docente: Emanoel Barreto

Discente: Katiene Alexandria

Carnatal é amor e prazer?

“... Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado.
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta
De hospitais…” (Legião Urbana, Perfeição).

Como já era de se esperar, a 21ª edição do Carnatal reuniu milhares de pessoas. Durante os quatro dias de festa as atenções da população voltadas para as mazelas vindas da Gestão Pública, caminharam em outra direção. Atrás do trio elétrico, não se enxergavam os inúmeros problemas existentes na cidade. Ao longo desses dias parecia que se tinha muito a comemorar.
No entanto, na “segunda-feira de cinzas” depois que a “banda passou” e o êxtase também, foi possível perceber a herança deixada, como transtornos no trânsito e o uso do dinheiro público para arcar com as despesas da folia.
Muitos podem argumentar em relação a movimentação da economia e a geração de lucros durante esses dias. Porém, os danos deixados por esse festejo não é arcado por empresas privadas que mais lucram com o acontecimento e, além disso, nenhum minucioso estudo ou levantamento foi feito para analisar os reais lucros e a direção tomada por esses ditos lucros.
Na verdade, o Carnatal é um desrespeito à nossa cidade e uma desmoralização à nossa cultura. Um desrespeito à nossa cidade por várias razões: transtorna a vida de todos em favor de uma pequena parcela, acarretando problemas de segurança, de trânsito, barulho na área do entorno, dentre outros. E em relação a nossa cultura, é uma desmoralização porque o que é difundido não parte de nossa cultura, não veio de nossas raízes. É importação de produto baiano, muitas vezes de baixa qualidade.
Apesar de todos os problemas já citados, o que é de longe o mais grave e mais visível é o lixo deixado. Cerca de 50 toneladas de lixo para os cofres públicos darem uma solução. O