Jornalismo
Combatido pela FIFA e outras entidades esportivas, atos racistas ganharam as manchetes do futebol nas últimas semanas.
Até as últimas semanas, o racismo no esporte mais popular do país era considerado uma questão abominável, mas exclusivamente "estrangeira". Agora, virou assunto nas mesas de bar, nos escritórios e também nas arquibancadas.
Casos como o dos volantes Tinga do Cruzeiro, Arouca do Santos e do arbitro Marcio Chagas da Silva, revoltaram os amantes do esporte no país. E levantaram questões sobre um ato preconceituoso que até então, brasileiros e sul-americanos eram vitimas em todo o mundo. E que no Brasil atos como esse eram raros em nosso território.
Em 2014 o volante Arouca do Santos, ouviu os gritos de ‘’ Macaco, macaco’’. Casos como o do jogador santista ocorrem rara às vezes no futebol brasileiro.
Carlos Henrique, jogador do Botafogo-SP conta que em 2013 jogando o campeonato paulista sub-20, seu companheiro de equipe Lucas Souza foi vitima de atos racistas por parte da torcida do Comercial-sp, maior rival do Botafogo-sp.
- Era um jogo dá 5° rodada do sub-20 no estádio do Comercial, um escanteio para nossa equipe, o Luquinhas foi para a cobrança e os torcedores do Comercial que estavam no alambrado começaram a falar ‘’ Macaco, volta pra mata seu f..., quer banana seu preto?’’.
Em Bento Gonçalves (RS), bananas foram colocadas sobre o carro de Marcio depois de um jogo entre Esportivo e Veranópolis em partida valida pelo campeonato gaucho. Após a partida o arbitro deu a seguinte declaração:
- Quando me deparei com meu veículo com as portas amassadas e bananas por cima… banana no cano de descarga, eu fiquei muito decepcionado por ser tratado dessa forma, já que vivemos numa cidade relativamente educada e evoluída. Eu pensei no meu filho. Pensei: "Eu vou dar um beijo no meu filho" e dizer "cara, para ti isso não vai acontecer porque isso é muito ruim, é muito ruim.